Hot Dogs a la française |
Não sei,
só sei que foi assim.
Durante a
noite comecei a acompanhar as movimentações pelo twitter, todo mundo falando
sobre a virada gastronômica, a expectativa para a galinha do Alex era enorme.
De repente começam as noticias negativas, muita gente, pouca galinha, confusão
e um clima de secação parecido com o que acontece quando o Corinthians joga a
Libertadores, manja aquele vizinho palmeirense que não vê o time ganhar nada e
fica zicando o dos outros? Era um pouco esse o clima da coisa.
Caminhãozinho |
Às 4 da
manhã já parti pro restaurante, era a hora de empacotar as coisas, colocar no
caminhãozinho e partir pra ignorância, sabia que iria trabalhar muito, nem
imaginava o quanto...
Chegamos
no minhocão e uma feira começava a ser montada no local de descarga dos
equipamentos, resultado, uma baita luta com os caras do caminhão de peixe, eu
com essa cara de manézão tentando impor respeito, e meu pai, que a principio só
iria me dar uma mão para descarregar as coisas, quase sendo atropelado por um
brother bêbado do caminhão de frutas.. uma beleuuuza..
Baguetes !! |
Subimos,
montamos os equipamentos na barraca, um monte de quilos de salsicha, umas 2300
baguetes, bechamel, queijo gruyere, salamandra, banho Maria, periquito,
papagaio, as criança, as mala, no estilo família feliz partindo pro feriado na
praia, só faltou o Kadet sem ar condicionado e o poddle correndo na tampa do
porta-malas.
Manhã (fila) |
Organizada
a barraca, cadê a luz??? Nada, e não teve luz até as 9 e pouco da manhã. Enquanto
isso chegava gente de tudo quanto é lado, alguns mais loucos que o Batman,
outros com sono e fome, mas todo mundo num clima bacana, sem agressividade, bem
de boa mesmo. Antes de chegar a luz, minha barraca já tinha fila e foi assim
durante todo dia, das 5 da manhã as 19:00 da noite..
Tarde (ainda fila...) |
Nas horas
que passei fazendo hot dog no minhocão, não parei um minuto, nem para comer,
nem para ir ao banheiro, nem para falar com a minha namorada que pegou fila
como todo mundo para pegar o dogão Frances, minha equipe me acompanhou e
servimos mais de 2000 hot dogs, sem parar, nosso café da manhã foi um ultimo
hot dog as 19:00 da noite.. vou ser
obrigado a falar: AQUI É CORINTHIANS AMIGO!!!
Houve
problemas, alguns previsíveis como as filas desorganizadas, outros de ultima
hora, como a luz que não parava de cair ou gente mal educada que queria furar a
fila, mas o saldo do chefs na rua foi incrível.
Noite (mais fila) |
São Paulo é carente de iniciativas como essas,
vivemos enfurnados em nossos carrinhos ou dentro de metros e ônibus e
esquecemos que existe vida nas ruas e calçadas. O chefs na rua foi importante,
mais importante do que pareceu, mesmo que de maneira desorganizada e
atabalhoada foi uma oportunidade de aproximar o público da comida, mostrar que
gastronomia é algo que faz parte da vida dessas pessoas, não é algo desconexo,
não é “para poucos” como o secretario Kalil em uma frase infeliz ressaltou.
E mesmo
que a experiência não venha a servir para nada, para mim foi fundamental, relembrei
o motivo pelo qual escolhi essa bagaça de profissão, curti cada segundo com minha
equipe e com meu pai, consegui trazer um pouquinho de felicidade pra algumas
pessoas por ali, mesmo que tenha incomodado alguns malas sem alça.
Parabéns pela iniciativa, pelo trabalho e pelo texto.
ResponderExcluirValeu alhos!!
ExcluirRaphael se já gostava de vc agora gosto muito mais...faço das suas as minhas palavras....bjs
ResponderExcluirObrigado Lena!! bjs
ExcluirSou carioca, não fui a SP, mas achei a iniciativa sensacional, so acho q se faltou estrutura da organização, os Chefs participantes podiam ter se unido e sei la, fincado pé q daquela maneira nao ia rolar, pra coisa acontecer direito: faltar agua, luz, e a qualidade do produto q no fim das contas leva o nome de vcs?? Q o publico merece a oportunidade de conhecer outro tipo de gastronomia é claro, mas q essa seja oferecida da maneira justa, correta e digna.
ResponderExcluirOi Andréa, concordo com você! Acontece que foi tudo tão rápido que não tinhamos muito o que fazer, os chefs se esforçaram ao máximo para fazer um trabalho bacana..
ExcluirNa próxima,já sabemos o que esperar, será melhor, sem dúvida!
Obrigado pelo comentário!!
Grande Raphael, nem te conheço, mas já te admiro. Belo texto, concordo que esta primeira experiência do Chefs na Rua foi bem legal e os problemas que ocorreram não tiram o brilho da coisa toda. Que venham as próximas viradas. Será que até lá você consegue aprender a tirar umas fotos mais decentes? A do hot dog pronto está bacana, mas quase pornográfica. A das baguetes está linda, mas esta da noite está um lixo.
ResponderExcluirBem que podia vender este seu dog no Pacaembu em dia de jogo do Timão, né não?
Abs e parabéns pelo texto.
hahaha.. cara, foi mal pelas fotos toscas, vou tentar dar uma boa melhorada!
Excluirgrande abraço!!
Parabens sempre pelo entusiasmo e estado de espirito...infelizmente nao conheco seu trabalho, mas ja sou fa a tempos. Abs daniel
ResponderExcluirDaniel,muito obrigado!! estou no www.marcelrestaurante.com.br ..Vem aí! abs!!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirparabéns !!!!
ResponderExcluirTexto impecável e ideias apaixonantes!! Afinal, mesmo que muita gente esqueça, FOOD IS LOVE!!!
ResponderExcluiroba!! obrigado
ExcluirVc escreveu maravilhosamente bem! Fiz tecnólogo em gastronomia, porém não exerço a profissão. Fui com a intenção de experimentar um pouco de tudo, mas foi impossível (as filas estavam imensas). Porém, foi uma alegria indescritível estar no Minhocão, participando de um evento como esse. Para mim, é como se estivesse em um show de rock e pudesse ver seus ídolos de perto e ter a certeza de que mesmo badalados e estrelados, eles são gente como a gente. AMEI o evento e no próximo quero comer o hot dog e muitos outros quitutes dos chefs talentosos e guerreiros que participaram do evento! Parabéns!
ResponderExcluirMuito Obrigado Vivian!
ExcluirÓtimo texto! E hot dog delicioso no domingo! Foi muito infeliz mesmo a declaração do Kalil sobre "alta gastronomia" ser "para poucos"... o Dória escreveu muito bem sobre isso também lá no blog dele. Se é pra ir pra rua, tem que ser para todos, tem que ser grande, amplo, democratizar.
ResponderExcluirOlha, acho importante colocar que do ponto de vista da experiência do público, teve sim ercortes bem positivos, como o meu =) A minha experiência no domingo foi ótima. Talvez porque eu tenha sido sortuda, talvez porque tenha sido feliz nas escolhas de horário (cheguei 10h, saí 12h). Talvez porque tenha tido mais bom senso do que um monte de gente que chegou lá pra fazer o almoço de domingao, numa feira de rua, na virada, e queria tranquilidade... depois ficou reclamando e fazendo mimimi publico porque encontrou uma multidao ao meio dia...
Não tinha como ser tranquilo mas o que eu testemunhei foi ótima comida, organização razoável, espera ok, ótimo humor e atendimento por parte dos chefs apesar do trabalho insano.
Muito obrigada a vocês todos!
Oba! obrigado pelo comentário !
ExcluirUma barraca para substituir o sanduba de pernil seco na frente do Paca em jogos do Coringão ! Fechado ! Ahahahaha...abs e parabéns pelo trabalho .
ResponderExcluirhhahaha boa!
ExcluirParabéns cara!
ResponderExcluirSou do Rio. Fiquei com mt vontade de comer o hot dog...
Valeu cara! abs!
ExcluirAcabei de conhecer seu blog através de uma postagem do Bruno Agostini no Facebook. Estou encantada com seu texto! Muito divertido e criativo. Demais! Parabéns! Carla
ResponderExcluirObrigado Carla! continue acompanhando!
ExcluirRafael, parabéns pelo blog e bem-vindo ao time dos gastroblogueiros (acessa lá! http://www.umapitadaeumpitaco.com/)
ResponderExcluirComo faz agora pra comer o cachorro-frança? Não tive a manhã de encarar a muvuca.
Abs!
obrigado!logo mais abro uma carrocinha de dogão.. vamos ver.hhehe
ExcluirDiante do deslumbramento provocado pela foto dos sandes, bem, fico sem palavras... Parabens! Parabens! Parabens!Adrianne
ResponderExcluir